segunda-feira, 30 de setembro de 2013

PARAYBA LIMA - COMPOSITOR E MÚSICO ASSOCIADO DA ARPE-ASSOC. RIO-PRETENSE ESCRITORES LANÇA FILME " VIDA E ARTE" DIA 01 DE OUTUBRO 2013 NO SESC RIO PRETO : PARAYBA LIMA UM BANQUINHO, UM VIOLÃO E MUITA MÚSICA...


Guilherme Baffi
Natural de Monteiro, sertão da Paraíba, Parayba Lima chegou em Rio Preto no início dos anos 1980, onde fixou residência e seu nome entre os grandes da “velha guarda” da noite local, tocando de bar em bar
Josemar Rocha de Lima saiu da casa dos pais, em Monteiro, no sertão da Paraíba, aos 13 anos de idade. O menino nascido numa família de 12 irmãos era acostumado a ouvir repentistas na praça, e queria ser cantador. Em busca do sonho, deixou sua terra “na companhia de Deus, e com uma viola na mão para fazer o que gosta”.

O jovem autodidata passou a viajar e a aprender a tocar, e em suas andanças teve paradas em cidades da Bahia, Minas Gerais e Goiás, até chegar ao Interior Paulista e fixar residência em Rio Preto, no início dos anos 1980. Escolheu o nome artístico de Parayba Lima, em alusão ao seu Estado, para onde até hoje nunca mais voltou.

Um dos primeiros migrantes nordestinos a tocar na noite rio-pretense, a história do músico paraibano é tema de um documentário que será exibido pela primeira vez hoje, a partir das 19h30, no Teatro do Sesc. “Parayba Lima, Vida e Arte” tem produção e direção de Hélio Ricardo e Renato Lima, amigos e admiradores do trabalho do músico.

Durante 30 minutos, o documentário traz a história de Parayba Lima contada por sua própria boca, além de depoimentos de amigos, parceiros musicais, donos de bares por onde tocou e cantou, além de imagens de apresentações. Um dos filhos do artista, o músico Juninho Lima, também aparece no filme.

As gravações começaram em novembro de 2012 e foram até o mês passado, ao mesmo tempo em que a obra era finalizada. “Minha turma da juventude tinha o costume de ir onde ele estava tocando, na época o Parayba Lima tinha muitos fãs. Sempre tivemos vontade de fazer um vídeo com ele, e no fim do ano passado resolvemos fazer esse registro”, conta Hélio Ricardo. A produção foi feita pela dupla com recursos próprios.

Mais do que a exibição do documentário, a noite de hoje se transformará numa grande celebração em torno do artista. Isso porque, depois do filme, Parayba Lima subirá no palco, desta vez na comedoria do Sesc, para um show acompanhado dos amigos Fernando Marques, Benê Ferreira e Pedrão. Ao mesmo tempo, outro amigo, o artista plástico Daniel Firmino, pintará um quadro ao vivo em homenagem ao evento.

Teimoso, Parayba Lima sempre viveu exclusivamente da música. Conta que ficou dez anos tocando em bandas de baile, para sobreviver, apesar de não ser essa sua praia. Antes de mudar-se para Rio Preto, chegou a ter um grupo musical, chamado Sapoti, em Pereira Barreto.

No interior paulista, também morou antes em Araçatuba.Pelos bares com seu violão, diz que sempre interpretou o que gosta, com o acréscimo de um “tempero próprio” - músicas de Zé Ramalho, Ednardo, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Xangai, Belchior, Luiz Gonzaga. “É riquíssimo, e não abro mão.”Foi com o ofício de músico, e com a ajuda de sua mulher, a diarista Vânia, que construiu uma casa em Rio Preto e criou os três filhos - Josemar Júnior, 28, Felipe, 26, e Pedro Renato, 17.

Também com sua arte e o seu jeito calmo, conquistou dezenas de amigos e admiradores por onde passou com seu violão. Um deles, o músico Fernando Marques, produziu e fez os arranjos do único álbum autoral de Parayba Lima, chamado “Cheiro do Verde”, gravado na segunda metade dos anos 1990. A arte da capa é assinada pelo artista plástico Orlando Fuzinelli.

“Considero o disco mais autêntico que já participei. As músicas retratam exatamente a vida do Parayba Lima. Não usamos teclados, numa época em que se usava bastante. O disco foi gravado todo acústico”, lembra Marques. O repertório do álbum será relembrado no show de hoje à noite no Sesc. “Para mim foi uma alegria muito grande ver a vida do Parayba Lima retratada num documentário, é a prova cabal do merecimento dele”, acrescenta.

Atualmente, Parayba Lima continua sua carreira intimista por restaurantes e bares de Rio Preto. “Na noite já vi de tudo - gente me elogiando, gente me xingando. Já fui assaltado. Mas isso quando eu estava em Araçatuba, antes de morar em Rio Preto - levaram minha viola de 12 cordas, que tinha sido presente de minha mãe. Espero que quem roubou saiba tocar”, lembra o músico.

Serviço

Parayba Lima, Vida e Arte. Exibição do filme, no teatro do Sesc 01 de outubro de 2013, seguido de show com Parayba Lima e convidados (Sesc), a partir das 19h30, com entrada gratuita 

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